Quais são os municípios que mais fazem coleta seletiva? E quais menos?

Catalunha cumpre o objectivo fixado em matéria de redução de resíduos. Conforme relatado peloAgência de Resíduos da Catalunha (ARC), em 2023 fechou com 14% menos que em 2010, um ponto a mais que a lei estadual. Além disso, da ARC destacam que a queda se “consolidou” num momento de crescimento económico, facto que consideram “muito relevante e fala muito bem do público”.

No entanto, em termos de reciclagem, ainda está “longe” do que é definido pela regulamentação europeia, que fixa a meta de 55% até 2025. A realidade é que a Catalunha está nos 40% e, se não houver uma “melhoria muito substancial”, não será alcançada. Por esta razão, a ARC pede o envolvimento das grandes cidades, que estão actualmente abaixo da média catalã.

Os municípios com mais e menos coleta seletiva

Em relação às localidades que mais realizam coleta seletiva, destaca-se o fato de todas as três serem de Girona. Albons (Alt Empordà) lidera a lista com 93%, à frente de Júia (Baix Empordà) e Vilablareix (Gironès), que também ultrapassa os 90%. Do outro lado da mesa, na parte mais baixa, está figos (Bergada), Cabrera d’Anoia eu Maçanet de la Selva, com números muito baixos. “Não importa quão pouco façam, será útil”, dizem da ARC.

Quanto aos concelhos que mais reciclam, o Conca de Barberà é quem lidera a lista, mas destaca especialmente o Plano de l’Estany e a selva como aqueles que mais cresceram durante 2023. Aliás, o diretor da ARC, Isaac Perairedestacou em uma apresentação para Santa Coloma de Farners o “bom trabalho” que tem sido feito na região para melhorar os dados da coleta seletiva, “apesar das características” que possui.

Um dos elementos “chave” para poder melhorar os números da coleta seletiva e a reciclagem é o envolvimento das grandes cidades catalãs. E os dados revelam que nas 23 localidades com mais de 50 mil habitantes e onde reside 53% da população, a média de recolha seletiva não chega a 39%. Por outro lado, nos restantes 923 municípios mais pequenos e onde vivem 47% dos cidadãos, este número sobe dez pontos. “Estamos a trabalhar em vários projetos e com o envolvimento das grandes cidades para podermos dar um passo em frente”, especifica.

Tudo isto significa que a Catalunha está um pouco abaixo da média europeia, tanto na recolha seletiva como na reciclagem. “Estamos indo bem, mas ainda temos muito espaço para melhorar. Queremos admirar aqueles que fazem isso melhor”, observou Peraire.

“Bom caminho” na redução de resíduos

A Catalunha está “no caminho certo” em termos de redução de resíduos. Em 2023 foram geradas 3,77 milhões de toneladas em todo o país, o que representa cerca de 2% menos que no ano anterior e “consolida uma tendência”, revelou. Peraire Na verdade, deve-se ter em mente que até 2025 a lei exige que a quantidade de resíduos tenha sido reduzida em 13% em relação a 2010. A Catalunha já o fez em 14%, razão pela qual Peraire dá como certo que os dados à primeira vista, os anos de margem que ainda restam serão “muito bons”.

Além disso, o director da ARC salienta que o mais importante é que a tendência descendente se consolidou coincidindo com o crescimento económico. “Com esses dados, é boa a máxima que a gente sempre fala, de que o melhor resíduo é aquele que não é gerado”, ressalta. Peraire, porém, deixa claro que “devemos continuar trabalhando” para manter esta dinâmica e manter a redução de desperdícios.

Por outro lado, as coisas não vão tão bem na reciclagem. Neste sentido, a Catalunha reciclou 40% de toda a recolha seletiva que ocorre, o que não chega a 47% na Catalunha como um todo. Estes 40% são os dados que preocupam a ARC, uma vez que a regulamentação europeia coloca a reciclagem em 55% até 2025, o que significa que para cumprir, em dois anos teria que aumentar quinze pontos.

É preciso lembrar que 60% de tudo que não é reciclado vai para o incinerador ou aterro. “Este é um valor demasiado elevado e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para podermos alcançar o que a Europa nos propõe”, especificou. No entanto, desde então, assumem como certo que, se não houver grandes mudanças, a meta de reciclagem de 55% até 2025 não será alcançada.

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