Sánchez adia o envio dos orçamentos a Bruxelas para além do prazo de 15 de outubro

O governo espanhol adia o envio dos orçamentos à Comissão Europeia além de 15 de outubro, prazo fixado pelo executivo comunitário. Isto foi confirmado esta segunda-feira no Luxemburgo pelo Ministro da Economia, Carlos Cuerponuma pré-reunião dos detentores de finanças da zona euro.

Como detalhou o ministro, o atraso responde às exigências da Comissão Europeia, que neste caso – recorde-se que novas regras fiscais serão aplicadas este ano – pediu aos estados que apresentassem planos orçamentais com medidas de política económica. O cenário é diferente de ocasiões anteriores, quando Bruxelas aceitava uma simples prorrogação das contas caso um país apresentasse orçamentos fora do prazo.

“Num ambiente normal em que não tivéssemos um projecto até 15 de Outubro, teríamos apresentado um plano orçamental sem medidas de política económica; mas isso não acontecerá porque a Comissão Europeia pediu que fossem apresentados planos com medidas de política económica”, ele detalhou o corpo Assim, o governo espanhol ele não enviará os seus planos para Bruxelas até ter um projecto de orçamentotarefa que requer o apoio do Congresso para avançar. O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, não fará qualquer movimento nesse sentido até que os congressos deERC e de junto programado para este outono.

O que Espanha enviará a Bruxelas antes de 15 de outubro será o seu plano fiscal estrutural, o documento no qual o governo espanhol deverá detalhar como garantirá que manterá dentro do limite estabelecido os seus nível de défice. Sem entrar em detalhes, Cuerpo lembrou que os objetivos do Estado são fechar este ano com um Déficit de 3%para depois reduzi-lo para 2,5% em 2025, para 2,2% em 2026 e para 1,8% em 2027.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião dos ministros das finanças da zona euro – oEurogrupo– o Comissário da Economia, Paulo Gentilonisalientou que a Comissão é «flexível» para garantir que os projetos de orçamento e os planos orçamentais estão interligados. No entanto, alertou também que “os prazos estão aí” e que esta flexibilidade “é limitada”.

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