A economia catalã cresce mais que a espanhola e liderará a criação de empregos até 2025

A economia catalã vive um bom momento e pode crescer um 2,6% em 2024, para acima da média espanhola, com 2,5%. Este crescimento continuaria em 2025, com 2,1%, em grande parte baseado na melhoria da economia europeia, apesar de o setor do turismo já se aproximar do limite da sua capacidade na época alta. Isto se traduziria em boas perspectivas para o mercado de trabalho, segundo o relatório Situação Catalunha 2024 elaborado pelo serviço de estudos da BBVA.

A criação de locais de trabalhoque é particularmente forte em Barcelona, ​​​​na área metropolitana e nos condados de Girona, poderá atingir o 192.000 novos empregos, com o desemprego a cair para 8,3% em 2025 (era de 9,3% em 2023). Isto implicaria que a Catalunha seria o território que criaria mais emprego no estado espanhol.

José Ballester, diretor territorial do banco na Catalunha, e economista-chefe Miguel Cardoso, sublinharam o bom momento da economia catalã, graças ao bom desempenho do sector dos serviços e a um dinamismo do sector industrial – com o impulso dos bens de capital – que compensam uma certa fragilidade na exportação de bens. Cardoso destacou o progresso do consumidom, com um aumento de imigraçãoó, do rendimento e um menor impacto das taxas de juro.

Cardoso destacou o pico dado aos concursos de obras públicas, em grande parte fruto do plano de recuperação e dos fundos europeus. Neste momento, o concurso público multiplica por 2,5 os valores anteriores à pandemia.

Melhoria da produção industrial

Um dado fundamental, segundo economistas do BBVA, foi a recuperação da produção industrial, que começou a ser retomada a partir do segundo semestre de 2023. O fator determinante foi o relativo desaparecimento de colhos de garrafa que foram gerados nas cadeias de valor. O download de taxa de juro e os preços da energia sob controle podem ser aliados da produção industrial.

O aumento da procura deverá consolidar esta tendência. Mas também aparecem elementos de verdade desaceleração no crescimento, influenciado pela evolução da economia europeia, que está a abrandar, especialmente em França e na Alemanha. A falta de mão-de-obra e a fraca procura podem condicionar a produção industrial. Um facto a considerar é que os registos de veículos industriais ainda estão 12% abaixo de 2019 e os registos de automóveis de passageiros estão 34% abaixo do nível pré-crise.

Como a situação afeta ohabitação? A perspectiva do BBVA é que a pressão sobre os preços continue. A quota-parte das hipotecas poderá ser reduzida em 6% em 2024 e 9% em 2025 devido à revisão em baixa das taxas de juro hipotecárias, o que poderá traduzir-se numa diminuição da taxa mensal de 50 euros para um pagamento médio de hipoteca. O limite máximo das rendas pode, segundo Cardoso, ter um efeito reduzido porque os proprietários podem optar por contratos de longo prazo. Quanto às compras de casa por estrangeiros, aumentaram e já são 19,8%, mais 3 pontos que em 2019. Isto também afectou o aumento dos preços, mas o factor determinante deste aumento é o crescimento da economia, segundo. Cardoso.

O impacto da redução do horário de trabalho

Sobre o impacto da redução da jornada de trabalho na economia, Cardoso destacou que poderá afetar 8 milhões de trabalhadores que durante o último ano tiveram uma jornada de trabalho efetiva e acordada superior a 37 horas e meia (ou seja, 53 horas). 6% do total). Poderá haver um impacto de 1% do emprego devido ao aumento dos custos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *