O Presidente do Parlamento, José Rullplaneja enviar uma carta ao presidente da Generalitat nesta quarta-feira, Ilha de Salvadorpara reclamar do relatório Mossos d’Esquadra sobre a fuga de Carlos Puigdemont de 8 de Agosto, coincidindo com o plenário de investidura do líder do PSC. Em entrevista no programa Rádio El Matí da CatalunhaRull lamentou que o relatório emita avaliações políticas sobre junto e que aponta para a alegada responsabilidade do Parlamento nas manobras que permitiram a Puigdemont pisar em território catalão sem poder entrar na Câmara. Rull também indicou que permitiu que os Mossos inspecionassem o prédio, mas não fizessem nenhuma prisão.
“A batalha é o comparecimento. Estou pronto para entregá-lo com todas as ferramentas à minha disposição”, disse Rull sobre a situação de Puigdemont. Na semana passada, o Presidente do Parlamento reuniu-se com o líder dos Junts em Waterlooonde concordaram na denúncia que haviam “desperdiçado” a possibilidade de o dirigente exilado estar no plenário de investidura de Illa porque está “impedida” a aplicação da lei de anistia. O compromisso de Rull, disse ele, era que o ex-presidente tivesse acesso à câmara catalã e não fosse detido no prédio. Neste ponto, defendeu o papel dos funcionários do Parlamento, que segundo ele foram apontados no relatório enviado pelos Mossos ao Suprema Corte sobre os acontecimentos de 8 de agosto.
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Uma dissecação selvagem do poder
O regresso à Catalunha para fazer um discurso e a subsequente fuga – que incluiu estar em Barcelona até às oito da noite e saltar de andar em andar antes de regressar à Bélgica enquanto Jordi Turullsecretário-geral de Junts, passou a noite no norte da Catalunha – colocou os Mossos no centro das atenções e causou profunda agitação interna. No mesmo dia dos acontecimentos, ocorreram três detenções de agentes acusados de colaborar com o líder pró-independência na sua marcha. A defesa do ex-presidente sustenta que se trata de detenções ilegais e que Puigdemont cometeu um ato de “desobediência civil”. O plano era ir ao Parlamento, mas foi abortado devido à ação policial em torno da câmara.
Quanto à participação do ex-presidente da Generalitat no dia-a-dia da Câmara – onde pretende actuar como chefe da oposição através da implementação de um governo paralelo, como avançar nação-, Rull indicou que os deputados no exílio podem votar remotamente. “A lei de amnistia vai custar muito, ou bastante, a implementar”, apontou o presidente do Parlamento, que não fechou a porta às intervenções telemáticas em plenário. “Mas deve ser o próprio Puigdemont quem considera apropriado ou não. A assiduidade é um componente muito importante. Não quero me fechar a nenhuma opção”, determinou Rull, que também anunciou que não se repetirá como presidente do conselho nacional dos Junts.