El Cercle entra no último ano de Jaume Guardiola com o desafio de redefinir as elites

Esta quarta-feira, realizou-se no Cercle d’Economia a última assembleia ordinária da presidência de Jaume Guardiola. Os mandatos na entidade são de 3 anos sem reeleição. Na próxima primavera, o Círculo elegerá um novo presidente. O mandato de Guardiola caracterizou-se pela criação de um ambiente “amigável e coeso“, nas palavras de um parceiro, com uma agenda que se tem centrado em algumas das questões que atormentam o país, desde a política habitacional ao desafio educativo ou à necessidade de uma melhoria da financiamento. Nesta quinta-feira, o Círculo realizará um ato sobre a reforma do sistema com Guillem López-Casasnovas eu Antonio Zabalza. Para onde irá o Círculo no próximo ano?

As eleições para a entidade económica têm sido historicamente um processo discreto que culmina numa proposta de consenso que é apresentada aos membros. Somente nas eleições anteriores houve um processo competitivo, com dois candidatos, Guardiola – que apareceu como o aspirante emergente da diretoria -, e Rosa Cañadas como uma alternativa. O atual presidente alcançou resultado de 72%. Ainda precisamos iniciar a maquinaria interna em que tanto a diretoria quanto o conselho que formam todos os ex-presidentes tem muito a dizer.

Neste momento ainda não há candidatos no horizonte e das poucas conversas que ocorreram sobre isso entre alguns parceiros, a única coisa que se apontou é se não chegou a hora de uma mulher colocar-se à frente da entidade. Embora o percentual de mulheres ainda seja pequeno na massa social, nomes não faltam: as vice-presidentes Teresa García-Miláprofessor da UPF; Núria Cabutí, CEO da Penguin Random House; o notário Caminho Quiroga; ou o até agora presidente da Barcelona Global, Maite Barrera

Há quem aponte nomes como Afonso Rodespresidente do Havas Media Group, o Marc Puig, do Grupo Puig). Mas a verdade é que até agora o que há de mais quente está na pia. Só depois de Setembro é que começarão a ocorrer movimentos significativos. Mas seja “um” ou “um” presidente, no ambiente do Círculo aponta para o que pode ser o pano de fundo deste debate interno. Quem são hoje as figuras mais representativas da elite económica?

O Círculo que nasceu no final dos anos 50 era claro: a organização representava o setor mais inteligente e liberal do burguesia industrial. Durante muitas décadas foi fácil identificar quem e onde estavam as verdadeiras faces do poder económico. O país, e sobretudo a economia global, passaram por profundas transformações. Isto também foi confirmado pelos vários presidentes do Círculo. Qual foi o último a responder o perfil de um grande capitão dono de indústria? José Manuel Laraque foi de 2005 a 2008.

Os presidentes que o sucederam foram gerentes Senior como Salvador Alemany (Saba) o Juan José Brugera (Colonial Real Estate), acadêmicos com Anton Costaso ex-ministro Josep Piqué ou números do setor financeiro, como Javier Faus ou o próprio Jaume Guardiola, ex-CEO do Banco Sabadell. O nome que emerge do Círculo dirá algo sobre as mudanças vividas no mundo económico catalão. Será necessário estar atento.

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