Maria Jesus Monterovice-presidente do governo espanhol e ministro datesourariacompareceu esta quarta-feira no Senado para falar do singular financiamento catalão acordado entre o PSC eu ERC. Montero, que será responsável por dar forma ao desdobramento do entendimento, defendeu o acordo porque não questiona a solidariedade interterritorial nem põe em risco a “igualdade” entre as autonomias. As palavras do vice-presidente não convenceram o PP, que saiu furioso para apontar que o PSOE está a conceder recursos à “causa da independência”. Os populistas consideram que se trata de “financiamento da independência à la carte”, rótulo que o Ministro das Finanças rejeitou. Em resposta aos republicanos, Montero indicou que cumprirá 100% o acordo e pediu para não “semear incerteza” nesta questão.
“O PP leu realmente o acordo entre o PSC e a ERC?”, questionou Montero. Quanto ao fundo da questão, o líder do PSOE afirmou que as receitas de Sánchez “funcionam” na Catalunha com “diálogo e acordo”. “Da mão de Ilha de Salvadoresta legislatura é uma oportunidade para desenvolver o autogoverno no quadro do Estatuto e da lei orgânica de financiamento das comunidades autónomas. Não se fazem declarações unilaterais de independência”, observou Montero. O vice-presidente do governo espanhol deixou claro que o solidariedade interterritorial é um dos elementos centrais do acordo entre socialistas e republicanos. “Não só deve haver solidariedade interterritorial, mas deve ser finalista e visa garantir um nível semelhante de serviços públicos em toda a Espanha. Exatamente o mesmo que no atual modelo de financiamento”, destacou.
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Uma dissecação selvagem do poder
O acordo, nesse sentido, é “solidário” porque aprofunda o “federalismo”. O acordo inclui também o exercício de poderes não homogéneos – aqueles que a Generalitat tem, mas não outras autonomias – e coloca 2025 como data para especificar o destacamento. “O acordo concretiza o que estava no Estatuto e o que foi referendado pelo Tribunal Constitucional”, enfatizou o ministro das Finanças. “Se vale a pena ou não, vale a pena respeito ao Estatuto e à Constituição?”, questionou às bancadas do PP. Acusou os populistas de praticarem o “populismo” para negarem a componente de solidariedade. “Este governo [espanyol] garantirá sempre a igualdade entre os espanhóis”, disse o líder do PSOE.
Montero observou que o governo espanhol “respeito absoluto” pelas câmaras legislativase por isso apareceu no Senado, onde o PP o obrigou a comparecer para falar sobre financiamento singular. O vice-presidente indicou que a distribuição de recursos é “fundamental” para o modelo territorial, mas insistiu na ideia de que a única ideia do povo é fortalecer uma “história falsa” para “ganhar votos”. “Tudo isto tem uma explicação muito clara: o PP está muito nervoso porque a legislatura vai ser longa e ainda não aceitaram. Estão ainda nas duas primeiras fases do luto, que são a dor e a raiva”, comentou o ministro. das Finanças, que se entusiasmou com o bom andamento da economia.
As dúvidas de Junts
“Juntos podemos defender o concerto económico, mas não um concerto económico luz“, destacou Eduardo Pujolcabeça de fileiras de junto no Senado, que afirmou que será contra o “calimotcho fiscal”. “Se fizerem isso, estarão a carregar o acordo de Bruxelas. E se o fizerem, game Over“, destacou Pujol, abrindo assim a porta para a retirada do apoio Pedro Sanches. Neste sentido, o líder dos Junts indicou que há um ano que fala em “avião” e agora o ministro quer vender-lhes um “Supermirafiori”. Em resposta, Montero perguntou a Junts que lado a lado ao novo modelo: “Vamos trabalhar juntos, porque é uma oportunidade para a Catalunha e para a Espanha”.