Pedalar para o trabalho pode reduzir pela metade o risco de morte

O mobilidade ativa diariamente tem muitos benefícios. Não é gerada poluição nem gases com efeito de estufa, reduz o congestionamento nas cidades e melhora o bem-estar e a saúde dos estudantes e dos trabalhadores. Agora, um estudo macro dá números a este fato: vá para ir de bicicleta para o trabalho está associado a um risco reduzido de morte por qualquer razão.

Um estudo de duas décadas

Um grupo de pesquisadores das universidades de Glasgow e Edimburgo analisaram durante quase duas décadas mais do que 82.000 pessoas. Trata-se de escoceses com idades entre 16 e 74 anos que viajaram para estudar ou trabalhar usando sistemas de transporte não ativos -quase 70.000- ou ativos -quase 13.000-

Os resultados, publicados na revista BMJ Public Health, são claros: “Eles são identificados reduzir de forma clara e sistemática os riscos entre os viajantes ativosEntre estes, destacam-se aqueles que o fazem em bicicleta à frente de quem opta por viajar a pé.

Aqui estão alguns dos resultados em relação aos trabalhadores de bicicletas:

  • 47% menos probabilidade de morrer por qualquer causa.
  • 10% menos risco de internação hospitalar por qualquer motivo e 24% por doença.
  • 24% menos risco de internação por doença cardiovascular
  • 51% menos risco de morrer de câncer.
  • 20% menos risco de receber medicamentos para saúde mental.
  • O dobro do risco de ser hospitalizado por causa de uma colisão de trânsito.

Apesar da dimensão do estudo – tanto para a população analisada como para o horizonte temporal -, os investigadores também assumem vários limitações. Não é levado em consideração se o ciclista pratica mais atividade física que os demais. Além disso, o modo de transporte só foi questionado em 2001 e, portanto, não são levadas em consideração possíveis alterações ao longo do período analisado.

Uma prioridade de saúde pública

“Apesar das limitações, este estudo tem grande relevância. Desenvolver políticas que favoreçam formas seguras de mobilidade ativa no dia a dia deve ser uma meta prioridade de saúde pública“, aponta Luis Cereijo Tejedopesquisador da Universidade de Alcalà falando no Science Media Center.

O epidemiologista Manoel Francoadmite ainda que outra limitação dos resultados é que quem se desloca de bicicleta para o trabalho, não só tende a ser mais atlético, como também tende a ter um nível de escolaridade mais elevado e que eles cuidam mais da saúde.

No entanto, considera os resultados “altamente relevantes para o planeamento urbano, bem como para os incentivos individuais ao uso da bicicleta”. Nesse sentido, lembre-se que já existem países como Bélgica e Dinamarca que oferecem benefícios financeiros aos trabalhadores que optam por este modo de transporte sustentável.

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