O referendo resolver o conflito político será mais uma vez uma das propostas que serão debatidas, por sugestão deERCno debate político geral que começa esta terça-feira no Parlamento. Os republicanos decidiram que esta será uma das medidas que defenderão, embora pela primeira vez em anos possa não avançar, pois não há maioria pró-independência na Câmara desde 12-M. Os republicanos apresentarão a proposta, por enquanto, sozinhos, e o facto é que nenhuma iniciativa nacional foi acordada com Junts ou com a CUP. No ano passado, porém, fecharam em última hora uma proposta com Junts a favor dessa forma de resolver o conflito no debate político geral daquele ano.
Em conferência de imprensa a partir da sede do partido a porta-voz parlamentar Marta Villaltaexplicou que a proposta inclui um referendo sobre a independência, mas também a fim da repressão e aplicação da anistia. “Na Catalunha continua a haver um conflito político subjacente e nós temos uma forma, sabemos como resolvê-lo: a via democrática, através do voto”, defendeu a porta-voz. Da mesma forma, esperava poder contar com a “maioria suficiente” para avançar.
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Uma dissecação selvagem do poder
Mas se esta maioria não for possível, Vilalta garantiu que não mudará de posição. “Se encontrarmos alianças, perfeitas, se não for aprovado, continuaremos a propor sozinhos como fizemos nos anos 80, com apenas três deputados. O que as novas maiorias não farão é mudar as nossas posições e prioridadesAlém disso, apesar do recuo da independência nas urnas, Vilalta está convencido de que na esfera social “há uma maioria” que vê bem um referendo.
Em relação a uma proposta acertada com Junts, neste momento nada está fechado. “Deixámos-lhes claras as nossas prioridades. Veremos se há possibilidade. Deixamos-lhes claras as propostas”, declarou a porta-voz. No entanto, ele ressaltou que seria “estranho” Junts votar contra de um referendo ou da proposta de financiamento única que os republicanos também têm. “O que pediríamos a todos é que priorizem o país”, acrescentou o republicano.
Para além da questão nacional, a ERC traz também uma proposta reivindicando a gestão do aeroporto El Prat e contra uma expansão “ao serviço da AENA”. Também contra o MAT, contra a transferência do Ebro ou do Rock pesado. Os impostos sobre grandes embarcações ou a regulamentação dos aluguéis sazonais são outras questões que serão priorizadas pelos republicanos.