Os caminhoneiros pedem demissão e esperam nos estacionamentos da Llers, que ficam imediatamente lotados de veículos.
Os Mossos d’Esquadra fecharam a autoestrada AP-7 no sentido norte devido aos protestos dos agricultores franceses no norte da Catalunha. Os agentes de trânsito fecharam as barreiras da AP-7 por volta da uma da tarde, depois de mais de uma centena de pessoas bloquearem a A-9 na portagem de Voló, o que gerou filas de camiões que viajavam para norte. Os Mossos desviam os carros na saída 4 e obrigam-nos a seguir pela N-II que ainda está aberta. Os camiões, por outro lado, podem chegar à saída 3 onde a polícia os impede de continuar na auto-estrada e os faz passar pela N-II ou podem estacionar o camião nos parques de estacionamento junto à entrada da auto-estrada.
A rotunda de Llers (Alt Empordà), perto da saída 3 da autoestrada AP-7, desabou novamente esta terça-feira. O motivo foi, novamente, o corte da autoestrada A-9, que dá continuidade à AP-7 no Norte da Catalunha, por parte de agricultores num novo protesto no setor. Como resultado da ação dos agricultores, os Mossos tiveram que fechar a AP-7 desde a saída 3 de Llers até a saída 1, para evitar um desabamento na estrada. Isto tem levado muitos camionistas a optarem por ficar nos parques de estacionamento de Llers, como o Nection Padrosa que tem 310 lugares e que acabará por ficar cheio “com certeza”.
Seu gerente, Kim Rodríguezexplica que costumam ter suas instalações lotadas quando há problemas com a AP-7. «Enche rapidamente porque muitos esperam para ver se daqui a pouco conseguem continuar, mas também há outros que fazem a pausa inteira, aproveitando que têm todos os serviços que necessitam»explica
Um dos que pararam foi Ahmed Mussaid. Carregou alface em Valência e dirige-se para a Alemanha, mas ao chegar viu que os carros estavam a ser desviados na saída 4 e já teve medo de não conseguir passar. Com efeito, numa saída mais adiante, os Mossos desviaram-no e apenas lhe ofereceram que recuasse em direcção a sul ou continuasse pela N-II.
Como já estava dirigindo há algumas horas, Ahmed explica que optará por fazer o intervalo normal e à meia-noite verá se consegue passar e seguir até o destino. Porém, o caminhoneiro diz que não quer correr o risco de ultrapassar porque presume que os agricultores vão esvaziar seu caminhão. “No ano passado só havia quem veio de Marrocos, agora também quem veio de Espanha”, lamenta.
O impacto resultou num aumento do tráfego na N-II, que margeia a autoestrada e que os manifestantes não bloquearam. O corte ocorreu por volta da uma da tarde, quando mais de uma centena de pessoas bloquearam a A-9 na portagem de Voló, a cerca de 30 quilómetros de La Jonquera.
Despeje vinho branco espanhol
Uma das ações que os agricultores tomaram para protestar foi esvaziar o vinho branco que era transportado pelos caminhões-tanque vindos do Estado. De facto, os viticultores têm sido um dos grupos que mais se tem feito sentir, porque consideram que existe concorrência desleal com o vinho produzido em território francês.